IFAC em Cena: Criada Central de Cooperativas de Piscicultores do Acre

sexta-feira, 29 de abril de 2011

Criada Central de Cooperativas de Piscicultores do Acre

Entidade fará parte da direção do complexo industrial de pescado da região

Fundada nessa segunda, dia 25, a Central de Cooperativas de Piscicultores do Acre, a Acre Peixes. A entidade fará parte da direção do complexo industrial de peixes da Amazônia, a Peixes da Amazônia SA, com 25% das ações da empresa. Também foi aprovado o estatuto e eleitos os conselhos deliberativo e fiscal e a diretoria executiva.

A Central de Cooperativas de Piscicultores representa produtores familiares de piscicultura dos municípios de Rio Branco, Sena Madureira, Bujari e Cruzeiro do Sul. O governo do Estado vai apoiar a entidade custeando a sua cota de participação como acionista do Complexo Industrial de Peixes da Amazônia.

Segundo a coordenadora de Associativismo e Cooperativismo da Secretaria de Extensão Agroflorestal e Produção Familiar (Seaprof), Maria da Conceição França Maia, todas as cooperativas de piscicultores estão representadas na Acre Peixes. O presidente do conselho deliberativo eleito representa a Cooperpeixe Juruá, de Cruzeiro do Sul.

O complexo industrial que está sendo projetado contará com um frigorífico especializado em peixes, um centro de produção de alevinos e uma fábrica de ração. O governo federal e estadual está investindo mais de R$ 50 milhões no complexo industrial. O fomento ao desenvolvimento da piscicultura é um dos principais programas do governo e prevê a construção de mais de cinco mil hectares de lâmina d’água para a criação de peixes.

– O desenho da cadeia produtiva do peixe segue a linha de priorizar os produtores familiares porque queremos inclusão social, empoderamento das comunidades e desenvolvimento sustentável – disse o secretário Lourival Marques.

A central de cooperativas é a união das entidades e seus associados em um único órgão, que ficará encarregado de representar todos os produtores perante a indústria do pescado. O objetivo principal é garantir que os piscicultores possam planejar, junto com o governo do Estado e entidades privadas, as ações e tomar decisões que sejam vantajosas para todas as partes envolvidas.

disponível em: http://www.canalrural.com.br/canalrural/jsp/default.jsp?uf=2&section=Canal%20Rural&id=3288023&action=noticias

GOVERNO DO ESTADO DO ACRE

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Artigos

A HISTÓRIA DO MERCADO MUNICIPAL DE SENA MADUREIRA NA MEMÓRIA DE SEUS ANTIGOS TRABALHADORES.

Por, Italva Miranda da Silva- Profª de História e Joana de Oliveira Dias –Profª de Ecologia -Campus Sena Madureira

A escolha do tema

Escolhemos o mercado por entender que sua história se confunde com a maior parte da história da cidade. Ou seja, seu nascedouro está ali, nas proximidades do rio. Rio que ligava Sena ao mundo (mercadorias, pessoas, idéias, cultura e demais produtos)

A opção por essas memórias.

Elas compõem um quadro heterogêneo e contraditório de experiências, vivencias e história naquele espaço. São pessoas simples que dedicaram a maior parte de suas vidas aquelas atividades. Seu mundo é o mundo do mercado. Suas histórias são reais, são personagens reais e, sobretudo, são pessoas que não tiveram seus nomes escritos em nenhuma placa, nem tiveram nenhum monumento homenageando seus feitos, mas nem por isso menos importantes. Assim em nossa filosofia política, optamos por não ouvir especialistas em História, nem autoridades “renomadas” (religiosos, militar ou política)

As imagens e falas

Procuramos registrar de maneira fiel suas falas, expressões e opiniões. Em alguns momentos a filmagem traz um fundo musical, próprio daquela ambiência, que o mantemos por entender que aquelas músicas compõem o universo social e cultural daquelas pessoas.

A proposta de realizar esse documentário sobre o Mercado Municipal de Sena Madureira: se fundamenta em uma concepção de trabalho historiográfico em que as memórias das pessoas mais antigas daquele espaço social ou que, com ele tiveram vivência, possam ser afloradas, ouvidas e registradas para a composição de um acervo documental, no sentido de (re)afirmação de suas identidades e, sobretudo, da própria história da cidade, uma vez que a história de Sena Madureira se confunde com a história do mercado .

Durante mais de 80 anos a vida econômica, política, social e cultural de Sena Madureira girou em torno daquele espaço. Lugar de vitalidade, de abundância e dinamismo, até a construção da estrada (BR -364) que liga Sena a Rio Branco, segundo relatos de alguns comerciantes. Ali, bem próximo, no entorno daquilo que era a famosa “pedra” está o rio Iaco com suas barrentas e misteriosas águas pelas quais transitavam diariamente pessoas e mercadorias vindas de diversas partes do mundo, entre elas sírios, libaneses e portugueses. Mas vinham também do nosso velho nordeste brasileiro sujeitos sociais ansiosos por uma vida melhor, principalmente cearenses.

Nesse sentido, não dá para pensar esse mercado sem levar em conta o rio. Juntos eles ainda compõem a principal paisagem da cidade, mesmo que hoje decadentes, silenciosos e invisíveis frente ao poder público.

A importância de documentar os personagens e os lugares de memória do Mercado municipal de Sena Madureira, se dá por duas razões, ambas urgentes. A primeira é que os idosos da região em breve deixarão caladas as suas memórias se as suas histórias não forem ouvidas e registradas.

Segundo, o documentário se insere, como um veículo de expressão das histórias antigas da localidade, aquelas mesmas que os livros ainda não contaram e que estão na consciência e no inconsciente coletivo da comunidade.

Disponível no link do referido documentário http://ifacsenamadureira.blogspot.com/

Artigos

O RIO E O MERCADO NA MEMÓRIA DE ANTIGOS MORADORES DO MUNICÍPIO DE SENA MADUREIRA: algumas considerações

Por, Italva Miranda da Silva- Profª de História do IFAC, Campus Sena Madureira

O processo de formação do ambiente urbano passa irreversivelmente por transformações no meio natural. Assim, ao analisar a constituição da paisagem urbana do município de Sena Madureira-AC, tornou-se imprescindível dialogar com os inúmeros sujeitos sociais e suas vivências que ocupam, sobretudo, as margens do rio Iaco, o mercado municipal e todo seu entorno.

Assim, as memórias desses moradores ocupam um papel central no desenvolvimento desse trabalho. Por essa razão, as lembranças apresentam significações que merecem ser desveladas, pois envolvem um processo de construção e reconstrução de experiências vividas, que podem contribuir para um melhor entendimento da interação do homem com seu meio biofísico e social. Por meio da História Oral, foram resgatadas as experiências que marcaram o processo de desenvolvimento e ocupação do espaço, ao longo desses mais de 80 anos.

Os depoimentos foram coletados levando em consideração os determinantes que condicionaram a fixação dos depoentes na região e as impressões registradas na memória dos mesmos, a respeito das mudanças dos componentes naturais e culturais. Para os antigos moradores, o processo de desenvolvimento do Mercado Municipal é visto com ambigüidade, ora representado como positivo, quando se refere facilidade com a qual os diversos produtos e mercadorias chegam a cidade, ora como negativo, quando trata de observar a degradação e abandono no qual esse “pedaço” da cidade se encontra.

Escolhemos trabalhar com os antigos moradores a fim de chegar o máximo possível para trás no tempo, através da experiência da rememoração. Espera-se que a narrativa desse grupo de pessoas possa evidenciar a antiguidade do Mercado em sua historicidade, bem como as suas referências simbólicas

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sexta-feira, 29 de abril de 2011

Criada Central de Cooperativas de Piscicultores do Acre

Entidade fará parte da direção do complexo industrial de pescado da região

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